Dicas para adaptar a criança à creche


A licença-maternidade acabou e chegou o momento difícil de colocar o bebê no berçário. Saiba como enfrentar essa separação de maneira tranquila, sem traumas para o pequeno.

Deixar, pela primeira vez, um filho de colo aos cuidados de funcionárias de um berçário é uma experiência traumática para qualquer mãe. E, quanto menor a criança, maior a angústia. Mas a separação é uma etapa importante no desenvolvimento do bebê. Apesar do sofrimento, é possível encarar com naturalidade esse período tão complicado. Veja algumas dicas:

Fortalecer os vínculos afetivos desde o nascimento

A melhor maneira de garantir uma separação mais tranquila é fortalecer os vínculos com o bebê desde o nascimento, garantindo o que os médicos chamam de apego seguro. É o que dará à criança a sensação de que o afastamento não representa o abandono. Isso significa garantir um equilíbrio saudável entre o trabalho e a maternidade. Ou seja, a mãe precisa de um período para estreitar os laços com o filho sem se preocupar com sua estabilidade profissional. Nesse sentido, a licença-maternidade cumpre um papel decisivo, especialmente a de seis meses.Um sinal de que esses vínculos ainda estão indefinidos é o choro intenso e desesperado do bebê, a apatia, o desvio de olhar ou a recusa em se alimentar. Nesses casos, vale a pena reavaliar a situação.
Escolher bem para poder confiar

Sem confiança, a separação tende a se complicar. Por isso, a escolha do berçário é tão importante. Além dos pré-requisitos evidentes, como limpeza e higiene, é fundamental levar em conta outras questões. Observe se o lugar é organizado, se as cuidadoras pegam o bebê no colo na hora de oferecer a mamadeira, se conversam com os bebês em tom confortante. Pergunte também se há música para as crianças e, finalmente, certifique-se de que existe uma rotina para atender às necessidades físicas e emocionais do bebê. Isso significa tanto uma alimentação e segurança contra acidentes como a preparação dos adultos para lidar com os pequenos. Importante: até 1,5 ano, é preciso um cuidador para cada cinco a oito crianças.

Introduzir alimentos sólidos com antecedência

Dependendo da idade do bebê, é aconselhável que os pais não deixem para introduzir sucos naturais e papinhas somente quando ele entrar no berçário. O ideal é que isso aconteça com a antecedência de pelo menos 15 dias. Normalmente, os bebês deixam de mamar exclusivamente no peito da mãe aos 6 meses, idade adequada para deixá-lo no berçário e voltar ao trabalho.

Depois dos 9 meses, o bebê vai dar mais trabalho

A memória de uma criança, com menos de 9 meses de idade, ainda não retém informações por muito tempo, mesmo que seja a imagem da mãe. Essa condição diminui o sofrimento na hora da separação. Por isso, vale a pena planejar o ingresso no berçário para o período em que o pequeno tem entre 6 e 9 meses. Depois disso, a situação tende a ser mais difícil.

Administrar a emoção na hora de ir embora

O adulto sente mais a separação do que a criança. E esse é um desafio a ser superado. Os problemas normalmente acontecem quando o bebê percebe o estado de estresse da mãe e também se agita. O segredo é manter a tranquilidade, transmitindo segurança ao pequeno, e não se frustrar quando constatar que seu filho se adaptou facilmente ao berçário sem a sua presença. Deixe para chorar no banheiro ou no carro...

Marcar presença na adaptação

Largar a criança no berçário e só voltar para buscá-la horas depois não é a melhor estratégia na fase de adaptação. É preciso que alguém conhecido – a mãe, o pai ou outro cuidador – esteja por perto nesse primeiro momento para oferecer o colo na hora do choro. Essa estratégia evita que a criança se sinta abandonada. Aos poucos, ela se acostuma com a nova situação.

Cuide dos detalhes da adaptação
 
Existem procedimentos simples que facilitam a adaptação de crianças de colo no berçário. Um deles é apaziguar o bebê, com um tom de voz calmo, se ele estranhar o lugar. Outro é deixar o pequeno sentado para que ele enxergue os demais à sua volta. Deitado, ele só verá o teto, demorando mais para se acostumar com tudo. Estímulos também são bem-vindos nesse momento. Uma boa dica é impor desafios que não ofereçam risco à integridade física e emocional do bebê. A escalada de almofadas, por exemplo, é segura e a criança é capaz de cumpri-la. Por fim, deixe que seu filhote explore o ambiente e interaja com o novo espaço.


Fonte: http://www.bebe.com.br/

Comentários

  1. Ótimo post!
    Tô precisando mudar muita coisa lá em casa...
    MUITO obrigada pelo selinho!
    ADOREI!!!!

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  2. Se precisar se ajuda para a "mudança" pode contar comigo! Já estou ficando craque...afinal de contas já estou no segundo! rsrsrs
    Bj

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  3. "Kerow", todas as dicas acima são de ótima valia!!!
    Dudu já está na escolinha e adaptação foi tranquila pra ele; pra mim, foi uma dor, mas não deixava ele perceber.
    Hoje quando deixo ou busco, o sorriso está sempre estampado no rostinho dele. Minha opção em não ter babá, até agora, foi a mais acertada no meu ponto de vista.
    Beijos

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  4. Que bom que gostou Bárbara!Pois é, a gente sofre mais que eles com certeza. Mas eles amam! Se divertem e se desenvolvem muito. Bem mais do que em casa com a Babá que muitas vezes, e infelizmente não sabem nem falar corretamente.
    Bjos

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